Exotic Bird

Informações



Roselas

ESPECIES
Platycercus icterotis , P. elegans , P. Flaveolus , P. caledonicus , P. venustus , P. adscitus , P. eximius e P. "adelaidae"

DISTRIBUIÇÃO
Sudeste, Sudoeste e norte da Austrália

DIMENSÕES
Entre 26 e 39 centimetros aproximadamente , sendo a menor a Icterotis e a maior a Caledonicus


DISTINÇÃO ENTRE OS SEXOS
Apontar as diferenças entre o macho e a fêmea não é tarefa fácil. As fêmeas destas espécies têm frequentemente uma coloração mais pálida e, por vezes, tem a cabeça e o bico menor. Além disso,o tamanho do corpo é menor .

CARACTERÍSTICAS SOCIAIS
É aconselhável criar estas aves em casais. Os machos, particularmente, podem ser muito intolerantes entre si e agridem-se através do gradeamento se tiverem oportunidade. É aconselhável não criar estas aves juntamente com outras espécies de periquitos. Estas aves dão-se relativamente bem com outras espécies desde que estas não sejam demasiado tímidas ou pequenas e haja espaço suficiente.

ALOJAMENTO ADEQUADO
Preferencialmente, estas aves devem ser criadas num viveiro ao ar livre que tenha, pelo menos 2 metros de comprimento e, no mínimo 80 centímetros de largura. Por vezes, criam-se aves isoladas em gaiolas em recinto fechado, mas a ave tem de poder distender as asas com regularidade fora da gaiola. Os animais gostam de roer pelo que não deve colocar plantas no viveiro.

TEMPERATURA AMBIENTE
Estas aves são muito resistentes aos meses de inverno e não necessitam de aquecimento desde que tenham acesso a um abrigo nocturno quer as proteja das geadas.

ALIMENTAÇÃO
Podem ser alimentadas com uma mistura de sementes e ração própria para periquitos de grande porte com um suplemento de pequenas quantidades de frutos e alimentos verdes. Deve ter sempre uma mistura de areia.

ACTIVIDADES
Estes periquitos, uma das espécies mais atraente que se conhece, podem ser muito ruidosos quando se assustam. Podem também produzir uma variedade de ruídos que  são agradáveis ao ouvido. São aves muito activas que gostam de tomar banhos nos dia quentes. Se as aves forem criadas em recinto fechado devem tomar banhos de chuveiro diariamente utilizando para isso um borrifador de plantas. Se tiverem um tratamento cuidadoso, as jovens aves podem crescer tornando-se muito dóceis. Podem ocupar todos os espaços do viveiro, mas frequentam muito o chão, que esgaravatam em busca de alimento.

CRIAÇÃO
Fazer criação destas aves é, normalmente, uma tarefa muito objectiva desde que o casal tenha um bom relacionamento recíproco e tenha, no mínimo um ano e meio de idade quando tem a primeira postura. Uma caixa de ninho adequada tem na base uma área de 25 centímetros quadrados aproximadamente, e uma altura aproximada de 45 centímetros. O macho faz a corte exibindo-se , quando observar este comportamento , deve prestar atenção para ver se a femea  reage as suas investidas. Se não reagir é preferivel manter a femea separada apenas com contacto visual.Se não o fizer , há boa hipotese de o macho comecar a agir de modo agressivo em relação a femea o que poder trazer consequencias graves. A fêmea põe, em média cinco ovos , que incuba durante 19 e 21 dias. Durante os primeiros dias após as crias nascerem, estas são alimentadas pela fêmea. Quando são um pouco mais velhas, o macho também colabora. A plumagem surge quando as crias têm duas a tres semanas de vida, sendo então alimentadas e tratadas pelos pais durante mais algumas semanas, até que possam cuidar de se próprias. Pode demorar um ano ou dois dependo da especie até que as aves adquirem a sua plumagem completa.

MUTAÇÕES
Existem diversas mutações, nas várias especies entre as quais lutino, rubina , opalina,azul , pastel,  asa branca , canela, etc.......






Ringneck
Psittacula krameri manillensis

Características básicas da espécie
Ringnecks são pássaros extremamente resistentes.
São excelentes na reprodução, muito bons pais e confiáveis no trato dos filhotes nascidos. Em condições adequadas e alimentação rica e variada, normalmente criam seus filhotes sem maiores problemas.
Vivem e reproduzem bem numa grande variedade de viveiros (suspensos ou convencionais) e aceitam diferentes tipos e formatos de ninhos.
São monomórficos (machos idênticos às fêmeas) até 18 a 36 meses de idade, o que faz a sexagem (por análise de sangue/DNA ou laparoscopia) necessária para se definir o sexo do filhote/jovem. Quando adultos, os machos de todas as cores e mutações (com excessão do Albino) tem um distinto anel em volta do pescoço.
Quando adultos, de plumagem sempre impecável, uma das atracões da espécie é ver o macho se exibindo para a fêmea no processo de cortejo. E um dos maiores prazeres (não somente para os pássaros!) é assistir o processo de acasalamento.

Moradia
O tamanho mínimo do viveiro convencional (de chão) deve ser 3,00 mts comprimento x 0,90 mts largura x 2,20 mts altura. Porém hoje em dia são muito mais utilizados os viveiros suspensos (gaiolões). Esses devem ter um tamanho mínimo de 1,60 mts comprimento x 0,60 mts largura x 0,60 mts altura. O tamanho ideal é algo em torno de 2,20 mts comprimento x 0,80 mts largura x 1,00 mt altura.
A tela do viveiro deve ter malha de 25 mm x 25 mm ou 25 mm x 50 mm e o fio pode ser de 10, 12 ou 14 mm (preferencialmente mais grosso).

Os melhores poleiros são os de madeira com pelo menos 25 mm de diâmetro. Devem ser posicionados o mais distante possível um do outro e mais para cima do viveiro. Isso permite mais conforto e exercício para os pássaros. É importante que no viveiro haja algo para que os pássaros se distraiam como por exemplo uma corda de sizal amarrada na ponta de uma peça de eucalipto (sem tratar) com pedaços roliços de madeira pendurados .
Os viveiros devem ser posicionados de forma a maximizar o sol da manhã, permitindo que a luz e o calor atinja os animais, o que é saudável e estimula os pássaros.



Alimentação
Ringnecks são pássaros muito fáceis de alimentar pois gostam de uma grande variedade de frutas, legumes e verduras e comerão quase tudo que for oferecido para eles.Deve-se servir diariamente:

1) ração para pássaros).

2) mistura básica de sementes, como por exemplo: 10% de girassol, 10% de aveia, 20% de alpiste, 20% de painço, 20% de senha, 10% de arroz cateto, 5% de niger e 5% de linhaça.

3) como complemento dar uma boa variedade de frutas e vegetais como milho verde, jiló, beringela, pimentão, moranga, cenoura, beterraba, pepino, tomate, maçã, mamão, manga, goiaba, couve, almeirão, repolho, etc.
A utilização de ração para aves é indispensável pois garante uma dieta muito mais balanceada e rica em nutrientes do que a mistura de sementes.
Os filhotes cujos pais se alimentam de forma rica e variada são sempre mais robustos, fortes e de coloração viva e brilhante. Durante o processo de desmame, que ocorre a partir de duas semanas após saírem do ninho, os filhotes começam a comer prontamente a ração e este é o melhor momento para que se habituem com ela.
Os adultos podem ser relutantes em experimentar inicialmente e por isso a adaptação deve ser feita criteriosamente.
Proteínas são muito importantes principalmente no período de reprodução e de muda de penas e seus níveis devem ser aumentados nesta época. Para tal pode-se servir:
-1 ovo inteiro cozido por casal 1 vez por semana
-mistura de ovo+ frutas+ legumes
-osso de galinha cozido (proteína e mineral); arroz cozido

A quantidade de cálcio no organismo do animal é extremamente importante, principalmente na fêmea, não somente na reprodução de ovos para formação da casca? Mas também no momento da postura, na concentração dos músculos para a passagem do ovo do ovito ao ventre para que possa ser botado.
Água limpa e fresca deve estar sempre á disposição dos pássaros.




Red Rumped
Psephotus Haematonotu


Informações Gerais:
Os Red Rumped estão a tornar-se muito populares como aves de exposição, devido às suas imensas mutações, algumas das quais ainda completamente desconhecidas.
Neste momento, existem entre 30 a 40 mutações diferentes desta bela ave, desde as mais simples e conhecidas, como os lutinos, os opalinos, os pastel, etc.… até às mais desconhecidas dos criadores portugueses, como os azuis, os azuis opalinos, os azuis canela opalinos, os albinos e outras que já existem, mas que ainda não estão completamente estabelecidas, como por exemplo o fallow.
Apesar de não serem aves de grande porte, são aves agressivas entre si. Como regra número um para quem quer ter Red Rumped é um casal por viveiro. São aves bastante individualistas, agressivas e algo arrogantes.
Instalações:
Como já foi dito, devemos acomodar um casal por viveiro, não devem existir outras aves a partilhar o mesmo viveiro, mesmo que este tenha dimensões algo generosas.
O ideal será ter viveiros com separações resistentes e de modo que os casais não estejam no mesmo campo visual, isto é, que não entrem em contacto visual, evitando assim brigas e bicadas entre vizinhos.
o meu conselho é que cada casal esteja separado visualmente do casal adjacente. Caso tal não seja possível, deve existir no mínimo uma rede dupla para protecção mútua.
O tamanho do viveiro depende da disponibilidade de espaço para as construir, é óbvio que quanto menor for as dimensões, menor será o espaço reservado para voar. Há quem use viveiros com 75-100 cm de largura por 200-300 cm de comprimento e por 200 cm de altura. Estas aves adaptam-se bem a qualquer meio ambiente.

Alimentação:
A alimentação desta espécie não oferece problemas de maior. Assim, como qualquer outra espécie, deve-lhe ser dada uma mistura de sementes com muita qualidade. Quando se fala em qualidade, esta pode ser testada da seguinte forma: quando compramos uma marca de sementes pela primeira vez, não devemos comprar em grande quantidade, mas sim 2 ou 3kg e testá-la. Como?

Pega-se num quilograma dessa semente e coloca-se em água não mais do que 12h, depois retira-se e espalha-se num pano para permitir que germine.
Conclusão.
1. Se 70-80% das sementes germinarem, poderemos considerar esta, uma boa semente, ou uma semente com boa qualidade para as nossas aves.
2. Se apenas 50% das sementes germinarem, a qualidade desta semente deixa muito a desejar e não é uma semente com qualidade suficiente, porque metade se encontra morta. Assim, podemos concluir que metade do nosso dinheiro que estamos a investir na alimentação das nossas aves vai direitinho para o lixo.
Além deste teste, eu pessoalmente faço outro, que consiste em colocar a minha mão dentro de um saco de sementes, o mais profundo possível, e retiro-a cheia de sementes, se estas apresentarem sujidade (poeiras), não serve para as minhas aves. É óbvio que não existem sementes perfeitas, mas devemos sempre dar o melhor possível às nossas aves. Este é um conselho para quem leva a sério o seu gosto por aves.
As aves, de uma maneira geral, devem ter sempre disponível cálcio, seja em pó, blocos ou outro qualquer método. Além de uma boa semente, em variedade e em qualidade, deve também fazer parte da sua ementa vegetais e frutas; como cenoura, brócolos, maçã, etc. Não devendo abusar nos citrinos.

Acasalamento:
A época de acasalamento no nosso país é desde Março a Junho-Julho. No entanto, existem aves, que desde que tenham boas condições e o ambiente adequado às suas necessidades, podem começar mais cedo ou terminar mais tarde.
É óbvio que a compatibilidade de um casal é uma das características mais importantes para o sucesso na criação destas aves. Quando um casal possui esta característica, encontram-se sempre juntos no poleiro e a alimentarem-se, no entanto e apesar disto ser verdade, depende de ave para ave.
Pode também acontecer, caso os casais tenham contacto visual, “apaixonarem-se” pelos vizinhos e não efectuarem nenhuma postura.
Não é aconselhável que um casal de Red Rumped tenha mais do que duas posturas por época de criação, não é que não consigam, mas porque cada ninhada exige muito dos pais, tornando-o um casal enfraquecido para a próxima época. 
os Red Rumped devem fazer 2 posturas, pois prefiro ter 2 boas posturas com 4-5 filhotes, do que 3 posturas com 2-3 filhotes.
 quanto aos, ninhos verticais com 20x20x35, com porta de inspecção. No fundo, coloca-se serradura ou turfa sem fertilizante, numa altura aproximada de 7 cm, que a fêmea ajeita à sua maneira.

A postura consiste entre 4 -7 ovos, normalmente 4-5 que são incubados pela fêmea durante 20-25 dias consoante a temperatura ambiente. Durante este tempo a fêmea é alimentada pelo macho, saindo raramente, somente para defecar.
Os filhotes nascem, normalmente, num período de 48-72h, permanecendo no ninho por mais 4/5 semanas, após este período abandonam-no ficando na companhia dos pais pelo menos por mais 2 semanas, altura em que se tornam independentes. Podem ficar na companhia dos pais por mais tempo, no entanto a fêmea pode começar a segunda postura e tornar-se agressiva para os jovens, especialmente as fêmeas.
Os Red Rumped podem ser sexados enquanto estão no ninho, os machos têm cores mais claras e podem ver-se a crescer as penas vermelhas nas costas (dependendo das mutações).
Os Red Rumped consideram-se adultos e prontos para a criação, entre os 12 e os 18 meses, os machos atingem a maturidade mais rápido do que as fêmeas. No entanto, um casal de Red Rumped pode criar muito mais cedo, cerca dos 6-8 meses. Esta prática é altamente desaconselhável, pois os órgãos sexuais ainda não se encontram preparados para a procriação, podendo assim, “estoirar” um possível bom casal.
Mutações:
Ao nível de mutações eu diria que existem tantas ou mais do que nos periquitos. Podemos enumerar algumas, como os lutinos, canela, pastel, opalinos, turquesa (azul europeu), azul (azul australiano ou o verdadeiro azul), lutino opalino (rubino), lutino azul (albino), azul opalino, canela opalino, azul canela, azul canela opalino (o macho é majestoso), platinum (a maioria ou quase a totalidade encontra-se na Austrália, pois as suas fronteiras encontram-se fechadas para a importação e exportação de aves), malhados, malhados azuis, …



Kakarikis
Os Kakarikis são bons pais por natureza mas há que refrear o seu ímpeto sexual para que não procrie mas do que o desejado.

4 Não é um bom número
Esta ave de origem da nova-zelândia pode procriar logo aos quatro meses de idade, porém, tal não é aconselhável. O indicado é que a primeira ninhada não aconteça antes do primeiro ano de vida, quando já se pode falar em maturidade. A fim de evitar precipitações há que estar atento aos avanços dos machos e, caso seja necessário, separá-los das fêmeas. Com uma esperança média de vida entre os seis e os oito anos, há tempo suficiente para iniciar a procriação, sem precipitações e sem correr riscos.
Quatro é igualmente o número, exagerado, de ninhadas que um casal saudável de Kakarikis consegue ter por ano, uma vez que a fêmea consegue voltar a procriar durante o período em que ainda tem crias no ninho. Não apenas é esgotante para a mãe, como é uma ameaça à vida das jovens aves, às quais, nessas circunstâncias, a mãe acaba por arrancar as penas. Quando tal acontece, mãe e filhotes devem ser imediatamente separados e os jovens alimentados à mão. O ideal, segundo os criadores, são duas ninhadas anuais para não sobrecarregar a mãe e evitar que entre em stress, o que, em última instância, poderá ter graves implicações cardíacas ou mesmo matar a ave. Pela mesma razão, é de evitar ainda que procrie nos meses mais quentes de verão.
Ninho em profundidade
Antes da postura, prepare o ninho. Este deve ser fundo, uma vez que a fêmea, por vezes, gosta de esconder os ovos. Razão pela qual o fundo do ninho deve ter alguns centímetros de matéria fofa a forrá-lo, do tipo aparas de madeira, onde os ovos podem ser depositados em segurança. O ninho dos Kakarikis é especial e assemelha-se ao das caturras. Deve ter cerca de 25x25 cm por cerca de 40 cm de altura. Uma caixa de conforto, onde a progenitora se sinta segura.

Dia sim, dia não
Os ovos, entre os cinco e os sete, ou mesmo mais, por postura, são depositados em dias alternados. Segue-se a fase da incubação, que tem a duração de 19 a 21 dias, e que está exclusivamente a cargo da fêmea, não obstante o apoio psicológico do macho que, não raras vezes, se coloca a seu lado. O papel do progenitor acentua-se após a eclosão, altura em que as crias são alimentadas tanto pelo pai como pela mãe, até que, por volta dos dois meses de vida, se tornam independentes.

Casais impossíveis
Não deverá nunca cruzar Kakarikis de fronte vermelha com Kakarikis de fronte amarela, as duas variantes da espécie. Não apenas porque seria uma tarefa inglória, sem qualquer hipótese de sucesso, mas também por ser uma experiência que pode colocar em risco a sobrevivência da espécie, que já esteve perto da extinção na sua terra natal, a Nova Zelândia.





Agarponis

Originários do continente Africano, os inseparáveis, como são conhecidos, são hoje reproduzidos em cativeiro, garantindo-se assim a continuação das espécies e uma alargada divulgação.
As espécies reconhecidas, são:
· Agapornis Personata, Fischeri, Roseicollis, Pullaria, Cana, Taranta, Nigrigenis, Lilianae, Swinderniana, S. Emini e S. Enkeri (sendo estas duas sub-espécies).
As três primeiras espécies são as mais conhecidas e divulgadas, talvez por serem as mais vistosas e de fácil reprodução em cativeiro...
O Pullaria, entre nós conhecido por S. Tomé, é muito apreciado, porém, dois óbices remetem-nos para um segundo plano: a reprodução e a fragilidade.
Os Cana, com habitat na República do Malgaxe, foi proibido exportar após a independência da ilha, o que ainda hoje se mantém. Daí que, este hobby, com grande expansão a partir dos anos setenta, foi praticamente nulo em abastecimentos e ressente-se disso.
Taranta, Nigrigenis e Swinderniana, são oriundos de áreas onde a instabilidade política e as guerras civis desaconselham a sua captura.
Há dimorfismo sexual em três espécies:
· Cana - o macho tem a cabeça e peito cinzentos, sendo a fêmea toda verde.
· Pullaria - Sexam-se sem margem de erro, pois que só os machos têm a parte interna da asa negra.
· Taranta - só o macho tem testa rubra.
Como já se afirmou acima, os Nigrigenis, Taranta e Lilianae são raros e não aparecem nos circuitos comerciais. O Lilianae começa a aparecer mas em mutações. Habitam em zonas da Zâmbia, Moçambique, Tanzânia e Etiópia, embora hoje estejam introduzidos noutras áreas.
Os mais raros de todos são os Swinderniana e as duas sub-espécies, Emini e Enkeri. Pouco se conhece, ou nada, sobre os seus hábitos reprodutivos. Deles, apenas se sabe que se diferenciam de todos os outros, pelo bico negro, um colar incompleto, um vermelho ou rosa em volta do pescoço. Os olhos são amarelos, o corpo verde, dorso com azul e vermelho, tamanho idêntico aos Cana e Pullaria.
Quando acasalam, os Agapornis fazem-no para toda a vida. Não raras vezes, se um dos cônjuges morre, o outro segue-o num curto lapso de tempo. Sempre juntos, incapazes de viverem um sem o outro, foram com propriedade baptizados de Inseparáveis.
Mesmo durante o período do cio, os Agapornis não brigam entre si, excepção feita para quem se aproxima da entrada do ninho.
Não obstante o seu tamanho reduzido, adoram ninhos grandes, do tipo usado para Caturras e Roselas. Carregam materiais para o ninho, pelo que na época de nidificação devem tê-los sempre ao seu dispor. Destes, vai depender o seu sucesso como criador. O material correcto é a folha de palmeira, porém, na sua falta, usamos com excelentes resultados o salgueiro, cujas cascas se materão húmidas por muito tempo. Cabe aqui um parêntesis e informar que a humidade é primordial elemento na reprodução de Agapornis. Sem esta presente nos ninhos, não há qualquer sucesso. Não esquecer ter sempre água para o banho. Para aqueles que vivem nas cidades e os dois citados materiais estejam fora do seu alcance, podem usar papel absorvente, que se corta em tiras. Com este, os Agapornis fazem pequenas bolas que transportam para o ninho. Com os banhos, as penas molhadas, o papel irá absorver a humidade e os resultados aparecerão.
Uma excepção, quanto ao tipo de ninho a fornecer aos Agapornis: os Pullaria. No habitat natural, nidificam nas termiteiras, que são morros construídos pelas formigas térmitas. Como estes estão cheios de galerias e câmaras, os S. Tomé usam-nos para nidificar. Como vencer o problema? Os Ingleses usam blocos de turfa, e, entre nós, sei de excelentes resultados com blocos de cortiça. Se o viveiro for espaçoso, por que não construir um morro com argila?
Aproveitando mutações nas cores, criadores vêm a desenvolver uma gama de coloridos que não deixam ninguém indiferente a tanta beleza. Albinos, Lutinos, Cobalto, Malva, Cinamon, Cherry, amarelos, etc., são exemplos de cores com incidência maior nos Personata e Roseicollis, embora Fischeri e Lilianae estejam a aparecer em razoáveis quantidades.
Um criador da África do Sul vem há longos anos a esta parte a desenvolver esforços em cruzamentos para conseguir um Agapornis negro. Na Jugoslávia, a luta é pelo todo rosa ou todo vermelho. Só a título de curiosidade, o jugoslavo faz ensaios com hamsters, a fim de abreviar cruzamentos, já que estes roedores se reproduzem com apenas três meses de idade. Claro que os conhecimentos de genética para este tipo de trabalho ultrapassa os simples rudimentos, pelo que nem todos se atrevem a iniciar estes ensaios.
Só mais um conselho:
Não disperse o seu tempo, dinheiro e espaço. Se vai ou está a reproduzir Agapornis, especialize-se. Não se deixe tentar por outros psitacídeos ou outras aves. Só a especialização é rentável.
Seja um bom criador de Agapornis, e não um medíocre criador de aves!

A nossa História
Agapornis
Espécies... Origens... Evolução... Habitat... Comportamento... Criação... etc.
É um excelente passatempo e uma paixão irresistível pelas muitas e variadas cores.
Os Agapornis dividem-se em nove espécies: Roseicollis, Personata, Fischer; e os mais raros: Cana, Taranta, Lilianae, Nigrigenis, Pullaria; e o, julga-se, infelizmente já quase desaparecido: Swinderniana.
Na prática, podem dividir-se em dois grupos: Agapornis com contorno dos olhos de cor branca (4 espécies: Personata, Fischeri, Lilianae e Nigrigenis); e Agapornis sem contorno dos olhos de cor branca (as restantes 5 espécies: Roseicollis, Cana, Taranta, Pullaria e Swinderniana).
Cada um com a sua rara beleza, de facto, fascinante.
Agapornis Fischer... (ou Inseparável de Fisher)
Nome em Latim: Agapornis Fisheri.
Origem: Norte da Tanzânia.
Características: Fronte, faces e garganta de cor vermelho-alaranjada, nuca acastanhada, olhos envolvidos por um círculo branco sobressaindo da cabeça, peito amarelado e parte superior da cauda azul. As restantes partes do corpo são de cor verde. Bico vermelho. Os filhotes apresentam cores mais pálidas do que nos adultos, principalmente na cabeça, e marcas escuras no bico.
Comprimento total e peso: 14cm e 46 a 52g.
Dimorfismo sexual: Não há diferença aparente. (Os machos e as fêmeas têm a mesma cor)
Habitat natural: Nos planaltos interiores da Tanzânia do Norte. Nas savanas das terras altas (entre 1000 e 1700 m), com árvores, mas também se encontram em terrenos cultivados.
Modo de vida: Acasalam no exterior. Aproveitam ninhos abandonados de tecelões. A fêmea faz ninho com abóbada.
Comportamento: Mais sociáveis que os Personatas.
Criação: De Maio a Julho. Em viveiros ou em gaiolas. Postura: de 3 a 5 ovos, normalmente. Incubação: 22 dias. As crias começam a voar aos 35-37 dias. Cor definitiva da plumagem: por volta dos 6 meses.
Mutações: Amarelos (desde 1942), azuis (desde 1957/África do Sul), e em cativeiro, lutino, cobalto, malva, etc..
Particularidades: Ameaçado de extinção. Características genéticas muito parecidas com as dos Personatas, no entanto bem diferenciados pelo fenótipo. É vulgar os Fischers passarem por Personatas, e vice-versa, quando surge uma nova mutação, como a Azul, por exemplo. A mutação Violeta, dos Personatas, também já existe, com grande pureza, nos Fischers. Da mesma forma, os Ricardo e os Brancos de Olhos Negros, surgidos nos Fischers, também já foram transferidos para os Personatas.
Agapornis Personata... (ou Inseparável de Máscara)
Nome em Latim: Agapornis personata.
Origem: Nordeste da Tanzânia, Nairobi e Quénia, Dar es Salaam e Mombaça. Foi descoberto em 1793 e trazido para a Europa por volta de 1860.
Características: O mais colorido de todos os Agapornis: cabeça quase preta ou castanho-escuro, olhos envolvidos por um círculo branco sobressaindo da cabeça, peito amarelo vivo, resto do corpo verde com penas sobre-caudais azuis. Bico vermelho. Os filhotes apresentam cores mais pálidas do que nos adultos, principalmente na cabeça, e marcas escuras no bico.
Comprimento total e peso: 15cm e 48 a 55g.
Dimorfismo sexual: Não há diferença aparente. (Os machos e as fêmeas têm a mesma cor, embora o tom um pouco mais desvanecido da cor da cabeça indique normalmente que se trata de uma fêmea.)
Habitat natural: Na folhagem das acácias e dos embondeiros, nas estepes com árvores isoladas, e nas pradarias até uma altitude de 1700 m.
Modo de vida: Normalmente em colónias. Acasalam de Março a Agosto. Nidificam em troncos ocos dos embondeiros e ninhos abandonados de andorinhão. Preferem o córtex para a construção dos seus ninhos. Estes, normalmente são perfeitos, tapados e cobertos.
Alimentação: Sementes de relva e de plantas e invadem milheirais e searas.
Comportamento: Temperamento manso, mas preferem a companhia dos da sua espécie.
Criação: Mais difícil do que a dos Roseicollis. Em viveiros ou em gaiolas. Postura: 4 a 6 ovos, por vezes mais. Incubação: 21-22 dias. As crias abandonam os ninhos aos 40 dias. A plumagem das crias é mais baça e a base da mandíbula superior é negra. Cor definitiva da plumagem: por volta dos 6 meses. O macho alimenta as crias desde o primeiro dia.
Mutações: Lutinos, azuis (desde 1927), amarelos (desde 1935/Califórnia), brancos (desde 1947/Japão), cobalto, malva, face laranja, branca, vermelha, amarela, canela, violeta, azul-pastel, arlequim (diversas pintas), etc., e variantes de cruzamentos com Fisheris e Roseicollis.
Particularidades: A fêmea é maior do que o macho.
Agapornis Roseicollis... (ou Inseparável de Angola)(ou Inseparável de Face Rosada)
Nome em Latim: Agapornis roseicollis roseicollis.
Origem: Sudoeste da África (Namíbia e Sudoeste de Angola). Estepes e savanas até 1600 mt de altitude.
Características: Face em tom salmão-rosado, região da rabadilha azul e o resto do corpo de cor verde. O bico em tom marfim-claro. Os filhotes possuem uma mancha preta no bico, e não apresentam coloração na testa como os adultos.
Comprimento total e peso: 15-17cm e 50g (fêmea) e 45g (macho).
Dimorfismo sexual: Não há diferença aparente. (Os machos e as fêmeas têm a mesma cor)
Habitat natural: Locais secos e áridos, estepes e savanas das terras baixas, até uma altitude de 1600 m, e também em regiões montanhosas. Procuram lugares com água nas proximidades.
Modo de vida: Normalmente em colónias. Acasalam de Janeiro a Março (a estação das chuvas). Além dos seus próprios ninhos, também aproveitam ninhos abandonados de outros pássaros. As fêmeas transportam o material de construção dos ninhos nas penas do dorso e da rabadilha. O ninho pode ser perfeito, tapado e coberto, como os dos Personatas, ou simplesmente apenas o chão forrado, quando escasseia o material para a sua confecção.
Alimentação: Adoram searas, mistura de piriquitos, fruta, cenoura, espinafre, agrião e papa de criação.
Comportamento: Alguma agressividade para com outros pássaros, mas sociáveis entre si. De entre todos os Inseparáveis, estes são os que melhor se adaptam.
Criação: Muito fácil. Em viveiros ou em gaiolas. Postura: 4 ou 5 ovos. Incubação: 22 dias. As crias saem dos ovos com um peso de 3g e começam a voar ao fim de 40 dias. São um pouco mais claras, e a ponta do bico é negra. Cor definitiva da plumagem: por volta dos 6 meses.
Mutações: Amarelo, azul, azul-pastel, lutino, creme, verde-escuro, multicolor, e muitas outras com face rosada, face branca, face laranja, etc.. Uma das mutações mais bonitas são os Golden Cherries de cor amarela-viva, com a sua face vermelha e a rabadilha azul. Desde 1950 que se conhecem estas mutações de cores.
Particularidades: A fêmea é maior do que o macho. Nesta espécie existem hoje 14 mutações fixadas e definidas.
Agapornis Cana... (ou Inseparável de Madagáscar)
Nome em Latim: Agapornis cana cana
Origem: Ilha de Madagáscar e ilhas Rodriguez, Comores, Seychelles, Maurícias e Zanzibar.
Características: Nos machos, o ventre e a cabeça são cinzento-claros, enquanto a face superior do corpo é verde-escuro, sendo a parte inferior em tom amarelo-esverdeado. As fêmeas têm o corpo todo verde. Bico cor de marfim. Os filhotes apresentam bico amarelado com base preta, podendo ter o sexo identificado ao surgirem as primeiras penas.
Comprimento total e peso: 13-14cm e 24 a 25g.
Dimorfismo sexual: Existe. Macho e fêmea têm cores diferentes.
Habitat natural: Planícies costeiras com bosques e arvoredo, até uma altitude de 1000 mt.
Modo de vida: Vivem em pequenos grupos (5-10 pássaros). Gostam de aproveitar ninhos alheios, de papagaios australianos ou de periquitos ondulados. Como material para os ninhos, as fêmeas transportam pedaços de córtex nas penas da rabadilha e do dorso. Também utilizam pequenos ramos e até as próprias penas.
Alimentação: Procuram comida no solo, sementes e ervas, e invadem os arrozais em grandes bandos. As espigas de painço secas ou germinadas são muito apreciadas.
Comportamento: Muito tímidos e assustadiços. A fêmea é insociável, pelo que se devem manter em casais. Sensíveis ao frio (- de 10º). Gostam de dormir no conforto dos ninhos, mesmo fora do acasalamento.
Criação: Não é fácil. Gostam de acasalar durante o nosso Inverno. Postura: 4-5 ovos. Incubação: 21-22 dias. As crias nascem cobertas de penugem branca e começam a voar ao fim de 45 dias. Cor definitiva da plumagem: por volta dos 4 ou 5 meses.
Mutações: A única mutação de que se tem notícia é o Arlequim.
Particularidades: É o mais pequeno de todos os Agapornis. Proibição de exportação. Relativamente raros de encontrar no comércio. É a única espécie de Agapornis cujo habitat natural não é no Continente Africano, mas sim na Ilha de Madagáscar.
Agapornis Taranta... (ou Papagaio da Montanha)(ou Inseparável da Abissínia)
Nome em Latim: Agapornis taranta.
Origem: Eritreia e terras altas da Etiópia, a uma altitude entre os 1300 e os 3200 mt acima do nível do mar.
Características: Os machos têm a fronte (testa) vermelha. Normalmente, as rémiges, bem como as penas da parte inferior das asas, são pretas (por vezes também verdes). As fêmeas são todas verdes. Ambos têm o bico vermelho. Os filhotes são semelhantes às fêmeas adultas, mas os machos podem ser reconhecidos pelas penas escuras por debaixo das asas.
Comprimento total e peso: 17cm e 60 a 65g. É o maior de todos os Agapornis.
Dimorfismo sexual: Existe. O macho tem fronte vermelha. Esta começa a aparecer por volta dos 100 dias de vida.
Habitat natural: Preferem regiões arborizadas.
Modo de vida: Formam pequenos grupos de 6 a 10 cabeças. Normalmente, os ninhos são feitos em troncos ocos das árvores, para onde as fêmeas transportam, nas penas do dorso e da rabadilha, pedaços de folhas e de ramos, bem como ervas.
Alimentação: Sementes de girassol, cânhamo e aveia. Adoram figos frescos, bagas de zimbro, maçãs, peras e painço.
Comportamento: Suportam melhor o frio do que as outras espécies, bem como a presença humana. No entanto, as fêmeas são agressivas na defesa dos seus ninhos.
Criação: Acasalam de Novembro a Fevereiro. Postura: 3 a 6 ovos. Incubação: 26-27 dias, ou um pouco mais (pode ir até aos 29 dias). Fazem apenas uma criação por ano. O desenvolvimento das crias é bem mais lenta que nas outras espécias: começam a voar ao fim de cerca de 7 semanas de vida. Cor definitiva da plumagem: por volta dos 9 meses de idade.
Mutações: Factor escuro. Verde-escuro, azul e canela, mas não é fácil outra cor que não a verde.
Particularidades: O macho é normalmente maior do que a fêmea. De negativo, a fêmea arranca as suas próprias penas, bem como ao macho e aos filhos. Proibição de exportação da Etiópia. Também conhecido por Agapornis da Abissínia. Raros de encontrar no comércio. São aves tímidas.
Agapornis Pullaria... (ou Inseparável de Face Vermelha)
Nome em Latim: Agapornis pullaria pullaria.
Origem: Desde a Guiné e Serra Leoa até ao sudoeste da Etiópia, Uganda e noroeste de Angola.
Características: Fronte e faces de cor vermelha-alaranjada, rabadilha azul-clara e corpo verde-claro. Nos machos, as penas da parte inferior das asas são pretas, enquanto nas fêmeas são verde-acinzentadas. Também nas fêmeas a cor laranja é ligeiramente mais pálida. Em ambos o bico é cor de laranja. Os filhotes são semelhantes às fêmeas, porém com a face um pouco mais pálida e manchas pretas no bico.
Comprimento total e peso: 14-16cm e 38 a 42g.
Dimorfismo sexual: Existe. O macho tem penas pretas na parte inferior das asas. A plumagem da face das fêmeas é um pouco mais alaranjada do que nos machos, que possuem a face vermelha.
Habitat natural: Em pradarias abertas e clareiras de florestas, até uma altitude de 1300 mt.
Modo de vida: Nidificam em formigueiros (térmitas), onde as fêmeas escavam buracos para fazerem os seus ninhos, os quais são forrados com ervas e pedaços de córtex. A temperatura é constante, rondando os 30ºC.
Alimentação: Sementes de relva, bagas e frutos, bem como visitas frequentes aos milheirais maduros. Também gostam de comer larvas de formigas e bichos da farinha. Não são grandes apreciadores de girassol nem de cânhamo, ao contrário de outras espécies.
Comportamento: ...
Criação: É o mais sensível e difícil de procriar em cativeiro. Em caixas, deve usar-se turfa calcada. É preferível troncos escavados. Acasalam em duas épocas, consoante a sua localização: de Maio a Julho, a leste do seu habitat; em Setembro e Outubro, a oeste. Postura: 4 a 7 ovos. Incubação: 23-24 dias. As crias começam a voar ao fim de 45 dias. Cor definitiva da plumagem: por volta dos 4 meses.
Mutações: Azuis e lutinos, mas não é muito vulgar.
Particularidades: Difícil importação. Relativamente raros de encontrar no comércio e/ou em exposições.
Agapornis Nigrigenis... (ou Inseparável de Face Negra)
Nome em Latim: Agapornis nigrigenis
Origem: Sudoeste da Zâmbia, Nordeste da Namíbia e do Botswana e parte ocidental do Zimbabué.
Características: Fronte e parte superior da cabeça de cor castanha-escura com uns laivos avermelhados. Garganta e parte da frente do peito, cor de laranja. A parte superior da cauda é verde. O resto do corpo é verde. Bico vermelho. Não confundir com os Personatas. Os filhotes apresentam cores mais pálidas do que nos adultos, e bico laranja com a ponta vermelha.
Comprimento total e peso: 13-15cm e 47 a 49g (fêmea) e 37 a 39g (macho).
Dimorfismo sexual: Não há diferença aparente. (Os machos e as fêmeas têm a mesma cor)
Habitat natural: Nas margens arborizadas dos rios, como o rio Zambeze e as cataratas Victória, a altitudes entre os 600 e os 1300 mt.
Modo de vida: Pouco se sabe.
Alimentação: Adoram milheirais, onde provocam frequentes estragos.
Comportamento: Suportam outras espécies, mas em grandes espaços livres.
Criação: Bons criadores. São dos Agapornis mais fáceis para criar. Em viveiros ou em gaiolas. Podem acasalar em colónias, por vezes ocupando ninhos de outros pássaros. Postura: 4 a 7 ovos. Incubação: cerca de 23 dias, por vezes menos. As crias começam a voar ao fim de cerca de 33-35 dias de vida. Cor definitiva da plumagem: por volta dos 6 meses.
Mutações: Em cativeiro, lutino e azul.
Particularidades: Espécie ameaçada de extinção. Difícil encontrar raça pura. A fêmea é mais pequena do que o macho. Macho e fêmea incubam os ovos. Foi uma das últimas espécies de psitacídeos a ser descoberta, tendo sido descrita apenas em 1906.
Agapornis Lilianae... (ou Inseparável de Nyasa)
Nome em Latim: Agapornis lilianae
Origem: Sul da Tanzânia, Norte do Zimbabué, Leste da Zâmbia e Noroeste de Moçambique. O seu principal habitat situa-se no Malawi.
Características: Parte superior da cabeça e garganta de cor vermelha-alaranjada. A parte superior da cauda é verde, ao contrário da dos Fischers, que é azul. A restante plumagem é verde. Os filhotes apresentam cores mais pálidas do que nos adultos, e marcas escuras no bico.
Comprimento total e peso: 13-14cm e 42 a 44g (fêmea) e 40 a 42g (macho).
Dimorfismo sexual: Não há diferença aparente. (Os machos e as fêmeas têm a mesma cor)
Habitat natural: Nas margens do Lago Niassa e em locais onde haja água próximo, como nos terrenos baixos e arborizados do rio Zambeze. Vivem em grupos de 20 a 100 aves.
Modo de vida: Nidificam em troncos ocos e em ninhos abandonados de tecelões. Como material para o ninho utilizam folhas de palmeira, tiras de córtex e ramos finos. Em caixas, preferem as verticais.
Alimentação: Sementes de relva, verduras, flores ricas em néctar, rebentos, bagas, frutos e sementes de árvores.
Comportamento: Sensíveis a constipações, se sujeitos a temperaturas inferiores a 10ºC. Toleram bem a presença de outros pássaros.
Criação: Fácil, pois são bastante férteis. Em viveiros ou em gaiolas. Acasalam de Dezembro a Março. Postura: 4-5 ovos. Incubação: 22 dias.
Mutações: Conhecem-se as variantes amarela e a azul.
Particularidades: Pouco comercializadas. Também conhecidos por Agapornis Nyasa.
Agapornis Swinderniana... (ou Inseparável de Swinderen)
Nome em Latim: Agapornis swinderniana swinderniana
Origem: Libéria, Camarões, Gabão, República Democrática do Congo (antigo Zaire) e Uganda.
Características: Peito amarelado com faixa normalmente de cor preta à volta do pescoço. Corpo verde intenso. Bico preto.
Comprimento total e peso: 13-14cm.
Dimorfismo sexual: Não há diferença aparente. (Os machos e as fêmeas têm a mesma cor)
Habitat natural: Regiões arborizadas.
Modo de vida: Frequentam as copas das árvores. Nidificam nos buracos daquelas e nos ninhos das formigas que nelas vivem.
Alimentação: Figos e searas.
Comportamento: Pouco se sabe.
Criação: Acasalam em Julho. Não é criado em cativeiro por só comer um tipo de figo nativo.
Mutações: Não se conhecem.
Particularidades: Muito pouco comercializado e raramente sobrevive ao período de quarentena.






Agapornis - Informações úteis
Geral...
Instalações... Viveiros... Gaiolas... Ninhos... Alimentação... Criação... etc.
Instalações...
Localização:
Em local bem arejado, mas sem correntes de ar (cuidado com as constipações!), isento de cheiros, poeiras, barulhos e animais, e onde os nossos Agapornis possam apanhar os tão desejados banhos de sol da manhã.
Higiene:
Escusado será dizer que Higiene é Saúde. Mantenha o local sempre limpo. Deste modo, dificilmente surgirão doenças nos nossos Agapornis (excepto se infectados por outra ave oriunda de proveniência duvidosa). Como prevenção, não permita que os seus Agapornis corram riscos de vida. Para sua segurança, e dos seus entes queridos, procure criadores nacionais e de confiança.
Viveiros:
Até 5 casais, serve perfeitamente um com 2x2x2mt. (Comp.x Larg.x Alt.)
Gaiolas:
80x50x50cm é uma medida aceitável para um casal.
As gaiolas permitem uma melhor identificação de pais e filhos, bem como um melhor apuramento da espécie (controlo genético).
Ninhos:
25x20x15cm como medida suficiente.
Quando em viveiro, devem ser colocados em número superior ao dos casais, para que possam escolher livremente. Após a escolha poderão ser retirados os excedentes para evitar abandonos.
Alimentação...
O ideal são os comedouros e bebedouros redondos, em barro vidrado, com rebordo para facilitar o pouso. Além de práticos, também são de fácil limpeza.
Sementes:
Girassol, painço, alvo, alpista, aveia e níger.
Aconselha-se o uso de um comedouro só para o girassol, e outro para a mistura. Esta ração encontra-se já preparada, nas casas da especialidade, enriquecida com outras sementes, em menor quantidade, como cártamo, cânhamo, colza, etc., bem como com biscoito triturado. Normalmente é designada como 'Mistura para Periquitos'.
Siga esta regra: vigie os comedouros todos os dias. Por vezes parece que têm comida... e apenas têm as cascas.
Minerais:
Casca de ostra bem triturada, areia, cálcio, osso de choco, etc..
Também é muito útil cascas de ovo de galinha bem secas e trituradas, depois de previamente fervidas.
Verduras:
De preferência espinafre, agrião, couve, milho verde (leitoso, os Agapornis adoram!) ainda em espiga, cenoura, etc..
Nota: As verduras devem ser muito bem lavadas, e escorridas, por causa dos insecticidas. Devem ser fornecidas frescas e mudadas diariamente.
Frutas:
Sempre frescas e variadas. Mude-as todos os dias, evitando a oxidação, alternando.
Cuidado: retire sempre as sementes; algumas podem ser venenosas, como o caso das da maça, pêra, etc.. Previna essa eventualidade...
Água:
Tanto a de beber como a do banho deve ser sempre fresca, limpa, e mudada diariamente.
Criação...
Ao separarmos os filhotes dos pais (por volta de 2 a 3 semanas após saida do ninho), devemos colocá-los em espaços o maior possível, tipo viveiros (ou voadouros), para que se desenvolvam saudavelmente, com exercícios de vôo.
Papas:
Encontra nas casas da especialidade. Experimente! Eles vão adorar.
Criar à mão:
Desfrute do prazer de criar um Agapornis à mão.



Agapornis - primeiro . . . a Nossa Saúde!
Geral...
Doenças... - como as evitar! Remédios... - como lhos dar! Vitaminas... - sempre ao dispor! etc.
Doenças... - como as evitar!
Prevenção: Apesar de haver alguns perigos que concorram para o aparecimento de doenças nos nossos Agapornis, não é difícil termos alguns cuidados para as evitar. Assim... pequenos/grandes conselhos a ter em consideração:
Na aquisição: Ao adquirir qualquer ave, em particular se ela vier de proveniência desconhecida, tenha especial cuidado, pois que ela pode ser portadora (e transmissora) de alguma doença. Tenha sempre presente que uma simples ave infectada pode causar a morte de uma colónia.
Providencie uma quarentena de algumas semanas para essa ou essas aves recém-adquiridas. Pessoalmente, aconselho um mês.
Poleiros, grades laterais e fundo das gaiolas: Inspeccione e limpe pelo menos uma vez por semana.
Poleiros: Não devem ser lisos mas sim rugosos para que a ave os segure com segurança.
Grades laterais: Não devem provocar feridas nas patas através de pontas cortantes.
Fundo das gaiolas: Restos de comida e fezes acumuladas proporcionam abrigo para fungos e bactérias, tão nocivos à saúde dos nossos Agapornis. A higiene é o melhor remédio.
Comedouros e bebedouros: Seria óptimo lavar diariamente. Não só estará a proporcionar às suas aves comida limpa e água fresca todos os dias, como também a evitar a fermentação dos restos de comida com a água suja, o que certamente provocará o aparecimento e a proliferação de fungos e bactérias.
Comedouros para comida fresca: Especial atenção. São o alvo preferido dos mosquitos. Lave bem e troque todos os dias.
Comedouros para sementes: Verifique o excesso de cascas. Sopre todos os dias para que nunca falte o alimento.
Verduras: Sempre frescas e trocadas todos os dias. Retire os restos. Tenha especial cuidado na sua selecção, pois algumas poderão não ser bem toleradas pelo organismo das suas aves, bem como atenção especial para as plantas ou ervas venenosas.
Outros animais: Deve haver sempre o máximo cuidado com a aproximação de cães e gatos, por exemplo. Não só poderão ser um perigo como animais de caça, como também são prejudiciais pelos sustos que poderão provocar. Além disso, outro pormenor a ter em conta: estes animais poderão ser portadores de parasitas, tais como piolhos, pulgas, carraças e outros.
Ratos: Outro perigo! São mais perigosos que os indicados atrás, pois facilmente penetram na gaiola, atravessando as malhas da rede, se esta for suficientemente larga.
Remédios... - como lhos dar!
Externos:
Internos:
Nota: Em caso de dúvida, consulte um veterinário.
Vitaminas... - sempre ao dispor!
Na comida:
Na água: